Desde que chegou ao Beira-Rio, em 2005, não houve um ano sequer em que Índio não tenha colocado uma faixa de campeão no peito. Foram nove títulos conquistados: Gauchão (2005, 2008 e 2009), Libertadores (2006), Mundial Fifa (2006), Recopa (2007), Dubai Cup (2008), Copa Sul-Americana (2008) e Copa Suruga Bank (2009). Agora, aos 35 anos e com 260 partidas com a camisa colorada, o zagueiro está próximo de mais uma decisão. Tudo passa pelo jogo desta quinta, contra o São Paulo, no Morumbi.

"Tenho ambição de conquistar sempre mais. Entro sempre numa competição com o objetivo de conquistá-la. Temos que ir passo a passo, pois tem um jogo muito complicado com o São Paulo pela frente", pondera o defensor.

Índio tem a sua receita para tanto sucesso: muita determinação e concentração. Para ele, quando a bola rola, o foco tem que ficar totalmente fechado nos movimentos do adversário. "Tem que entrar muito concentrado, pensando só na partida. Não dá para deixar que os jogadores fiquem conversando na tentativa de tirar a concentração. Sempre tem um atacante malandro que tenta, mas neste momento não se pode dar bola para ele", ensina o experiente zagueiro.

O multicampeão comemora o bom momento vivido pela defesa colorada, afinal, o Inter sofreu apenas dois gols nos últimos seis jogos. Entretanto, ele divide o mérito com os outros setores do time, já que todos estão engajados na proposta de marcar de forma intensa em todo o campo.

"Sempre foi um referencial no futebol ajudar a defesa ser sólida com muita marcação lá na frente. A gente vê o desgaste dos jogadores como Taison e Alecsandro, que se esforçam lá na frente, obrigando o adversário a rifar a bola. O Celso (Roth) nos cobra muito isso nos treinos. Não podemos perder esta característica", observa.

Afora a segurança que Índio garante à defesa, ele também tem uma consistente participação no plano ofensivo, com 26 gols marcados. Ao lado de Figueroa, é o zagueiro que mais gols marcou na história do Inter. É sempre um fator surpresa que pode acabar se tornando decisivo.