Nesta terça-feira (30/07), D'Alessandro completa 11 anos de Inter. Consolidado no seleto rol de ídolos eternos do Clube do Povo, o argentino, atual quarto jogador que mais vezes vestiu vermelho na história, aproveitou a oportunidade para rememorar a época em que desembarcou na capital gaúcha. "Hojé é um dia especial, diferente. Que me motiva, pois passa um filme pela cabeça do dia que cheguei aqui. Lembramos de coisas, vi o vídeo da coletiva, a chegada no aeroporto, o cabelo comprido... (risos). Eu era um guri, que não sabia o que poderia acontecer no Brasil, mas que tinha muita vontade, vontade que não diminuiu, continua a mesma."

Na véspera de partida decisiva para o Inter, que vale vaga nas quartas de final da Libertadores, D'Alessandro foi perguntado sobre a expectativa que tem para os muitos campeonatos que o Clube disputa neste segundo semestre. Figurando entre os primeiros colocados no Brasileirão, classificado às semifinais da Copa do Brasil, e jogando as oitavas da Libertadores, o Internacional dispõe de calendário intenso para os dias que estão por vir, característica que motiva nosso camisa 10: "Continuo com fome, precisamos disso para continuar vivos no futebol. Sou atleta profissional 24 horas por dia, não só no Clube, mas também na vida pessoal, e isso não vai mudar até o último dia. Tudo que existe para conquistar, vamos batalhar. Título nacional seria importante, assim como continental. É um Clube com dimensão importantíssima, então tudo que tiver pra jogar, temos que brigar até a última possibilidade."

Passados 453 partidas, 92 gols e 13 títulos com a camisa do Inter, D'Ale destacou o sentimento de atingir mais um aniversário no Colorado. ""Não é normal no futebol contemporâneo atletas ficarem tanto tempo em um clube. Tenho muito orgulho e muita honra de vestir uma camisa pesada, importantíssima a nivel brasileiro e internacional." 

Camisa 10 que honra a tradição do número que veste, Andrés Nicolás D'Alessandro segue surpreendendo fãs e críticos (se é que estes ainda existem) com o alto nível de suas atuações. Um craque, dono de canhota abençoada, que compensa qualquer desgaste que o tempo possa ter lhe dado com a rara técnica que ostenta. Questionado sobre como consegue se manter entre os principais atletas do futebol sul-americano, compartilhou parte da receita: ""Nós temos que mudar alguma coisa no decorrer da carreira. Minha alimentação, meu treinamento, mudaram 300%. O futebol evoluiu, te obriga a mudar. Como atleta, não podemos ficar no meio do caminho. Seja a nível físico, profissional, dedicação... precisamos acompanhar. Alimentação, conduta fora do campo, ser um atleta 24 horas. Com 38 anos, preciso fazer coisa que antes não fazia, me cuidar muito mais."

Por fim, o ídolo colorado foi questionado acerca do sentimento que tem sobre os anos vivídos no Inter. Orgulhoso da história que construiu, destacou: "O mais importante para mim vai ser o legado que deixei aqui no clube. Em cada funcionário, atleta, e companheiro que trabalhou aqui comigo. Orgulha sair daqui e saber que sou respeitado".

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