Presidente Marcelo Medeiros (C), Rodrigo Caetano (E) e Roberto Melo (D) fizeram esclarecimentos em entrevista coletiva

O Internacional se manifestou na tarde desta sexta-feira, por meio de entrevista coletiva com o presidente Marcelo Medeiros, o vice-presidente de futebol Roberto Melo e o diretor executivo Rodrigo Caetano, sobre a suspensão do atacante Paolo Guerrero. Os dirigentes afirmaram que o Clube acredita na inocência do atleta e dará total suporte jurídico na busca pela reversão da pena que o impede de atuar e treinar pelo Internacional. Confira os principais trechos das manifestações de cada dirigente:

Marcelo Medeiros

"O Inter hoje confirma o recebimento da informação oficial. O Paolo Guerrero tem sua atividade suspensa. Desde o início que nos encontramos, sabíamos que a punição poderia voltar. Que o direito de permanecer jogando poderia cair. Fazia parte do diagnóstico do negócio. Quando fechamos, tomamos todas precauções e proteções, garantindo os direitos de todas as partes. Quero deixar muito claro que todos nós do Inter, a direção, em especial através do Conselho de Gestão, acredita na inocência do atleta Paolo Guerrero. Daremos todo o suporte para ele voltar a jogar futebol o quanto antes. Longe do que foi veiculado ontem, este assunto não está encerrado. A suspensão da liminar não encerra o processo. A interpretação dada é um enorme erro jurídico. Outras medidas jurídicas podem ser adotadas. O Inter tem a segurança que é um negócio extremamente importante e que vale a pena ter Paolo Guerrero. Temos a certeza que ele trará muitas alegrias à torcida, e muitos benefícios não só no campo esportivo, mas também no campo financeiro."

"O Clube não adiantará as estratégias jurídicas que adotará. Até pouco tempo atrás, o Guerrero era atleta de outro clube. Daremos o suporte. Ele discute sobre a legitimidade da prova que foi colhida no processo. Busca elementos para dar força à defesa. Mas as estratégias trataremos de forma reservada para não adiantar o que faremos. Mas acompanharemos o processo com profissionais na Suíça para o desfecho ocorrer o quanto antes."

Roberto Melo

"Queria dizer uma novidade para muitos. Não fomos pegos de surpresa. Pensávamos que ele precisaria cumprir a pena após a Copa. Nos surpreendeu quando ele conseguiu jogar após a Copa. Não houve surpresa. Sabíamos. Tanto que nos asseguramos de todas as maneiras. Podia ser agora, mês que vem, dezembro, ano que vem. Ano que vem, se estivéssemos jogando a Libertadores, e eles precisasse cumprir a pena, talvez fosse um prejuízo ainda maior. Fizemos a contratação por ser o atleta que é. Temos grandes jogadores: Damião, Jonatan, Brenner... Fizemos este movimento por ser o Guerrero, que dispensa comentários

"Noticiaram que o Guerrero já havia recebido diversos valores pela vinda ao Inter. Isso não é verdade. Ele não recebeu um Real sequer, de quem quer que seja, para ssinar com o Inter. Quero dizer ao nosso torcedor que o contrato do Guerrero foi feito dentro das possibilidades do Inter. Ele foi contratado com responsabilidade. Foi previsto contratualmente. No momento que ele tivesse que cumprir, que fosse cassada a liminar, a relação contratual permanece, mas o pagamento fica suspenso por não cumprir serviço. Temo a opção de prorrogar pelo período que ele ficar suspenso."

"Não há previsão de rescisão. Já era sabido. Nunca tivemos essa intenção. Queríamos trazê-lo mesmo que tivesse que cumprir antes a suspensão. O Guerrero chegou e se adaptou ao grupo. Foi muito bem recebido. Isso também demonstra o acerto da contratação."

Rodrigo Caetano

"Infelizmente, por conta da suspensão, ele não poderá estar no nosso dia a adia até ser revertido. Da mesma forma que ocorreu no Flamengo, ele terá um corpo técnico para manter sua forma como foi na época antes da Copa. Tem os profissionais que já desempenhavam esse trabalho. Esperamos que seja por um prazo curto e que isso se reverta. Monitoraremos, mas não poderemos ser os responsáveis. É uma punição dupla ao atleta."

"Eu convivi com ele por quase três anos. Sempre foi um exemplo. Não tem qualquer tipo de vício e tem um cuidado absurdo com a sua condição física. O Guerrero alega ter ocorrido uma contaminação em um chá que ele tomou entre a partida Argentina x Peru, em um hotel no Peru. Tanto que um processo que move é contra o hotel em que ele estava hospedado. Ele luta para que a verdade apareça e que a pena seja modificado. Esta é uma das estratégias. Ele busca seus direitos."