Por Alexandre Corrêa
Enviado Especial/Japão

Tão logo o juiz apitou o final da partida, a emoção tomou conta de todos colorados no Estádio de Yokohama. Foi um festival de abraços e lágrimas no gramado, nas cadeiras e até na tribuna, onde estava o presidente Fernando Carvalho e outros dirigentes. Carvalho, inclusive, quebrou o protocolo das formais cerimônias da Fifa. Colocou uma bandeira do Inter em meio aos engravatados da organização. O presidente do Barcelona, Joan Laporta, havia pedido na noite anterior durante jantar de presidentes para que ele não se manifestasse tanto, mas não houve jeito. O presidente não conseguia segurar a emoção.

Fernando Carvalho vibra com a torcida no Estádio Internacional de Yokohama (Jefferson Bernardes/VIPCOMM)

No campo, os jogadores se manifestavam das mais variadas maneiras. Alguns aproveitavam a camisa branca para escrever mensagens para o mundo ver. Outros se enrolavam em bandeiras. Iarley, que ganhou a bola de prata da competição, estava com uma bandeira do Ceará. O goleiro Renan desfilava com a bandeira do Rio Grande do Sul, que foi presenteada pelo governador Germano Rigotto, antes da viagem.

Jogadores fazem o carnaval colorado em Yokohama ao final da decisão (Jefferson Bernardes/VIPCOMM)

?O título vai para o meu pai, que está de aniversário hoje?, afirmou Ceará, emocionado, um dos destaques da partida na marcação a Ronaldinho. Abel colocou as mãos no rosto chorando e agracedendo a Deus. O goleiro Clemer carregava uma bandeira do Brasil e outra do Inter nos ombros. O presidente Fernando Carvalho foi erguido pelos jogadores.

Abel era pura emoção com o feito do Inter (Daniel Boucinha)

No vestiário, depois do jogo, a festa persistiu. Os jogadores munidos de câmeras fotográficas e de vídeo registravam tudo o que podiam. O banho foi rápido para a festa seguir noite adentro. Durante as entrevistas, mais emoção. Ao ouvir a reprodução da narração de um gol por uma rádio de Porto Alegre, o presidente não se conteve e chorou bastante. Depois da conversa com a imprensa, o objetivo de todos no grupo era chegar o quanto antes a Porto Alegre para a festa ser ainda maior no meio do povo colorado.

Abraço emocionado de Fernando Carvalho em Fernandão (Jefferson Bernardes/VIPCOMM)