30/09/2014

Celeiro de Ases recebe seleção uruguaia e vira palco de integração


Garotada colorada encarou o Uruguai Sub-14 (Foto: Mirela Putrich)

O CT de Alvorada foi cenário de uma conexão entre Rio Grande do Sul e Uruguai durante a última semana. O time sub-14 da Celeste viajou para território gaúcho ampliar a sua preparação visando ao Campeonato Sul-Americano Infantil do ano que vem. Recepcionados no Celeiro de Ases, a eles foi oferecida toda a estrutura para treinamentos e ainda disputaram dois amistosos com Grupo Especial Sub-13 do Inter. Como consequência, a visita propiciou uma importante integração entre colorados e uruguaios.

Pegando cancha

Para ganhar experiência e já iniciar a preparação para próximo Efipan, o time sub-13 colorado foi encarregado de encarar a Celeste. Um ano mais velhos, os uruguaios fizeram valer a maior força física e levaram a melhor nos dois amistosos. Porém, o objetivo não era o resultado e, sim, dar maior rodagem para a garotada em um jogo diante de uma equipe de seleção, ainda envolvendo toda a famosa competitividade charrua. Inclusive, a partida teve o árbritro Márcio Chagas da Silva no comando do apito. "Os amistosos foram muito válidos para gente. O mais importante foi este confronto de escolas e o aspecto emocional. O que fica de experiência é que conseguirmos jogar esse jogo psicológico que o uruguaio e o argentino fazem muito. Em alguns momentos, a garotada dessa idade daqui é um pouco instável psicologicamente e o uruguaio sabe se controlar", reconhece Rodolfo Paz, técnico do Grupo Especial Sub-13 do Inter.


Marquinhos (E), filho do zagueiro Índio, também esteve em campo (Foto: Mirela Putrich)

Escola colorada

O estilo colorado de jogar futebol, aliando técnica e raça, é reconhecido pelas bandas do país vizinho. Alejandro Garay, técnico do time infantil da Celeste, afirma que veio buscar inspiração no Clube do Povo: "Nós queremos copiar esse bom jogo do Inter. A intenção de jogar, a filosofia do Inter. É o que está associado ao que mais falta no uruguaio, que também tem entrega, tem a bola aérea, mas falta jogar com mais posse de bola. O futebol daqui tem isso e nós queremos aproveitar", refere.

Irmãos de origem

São duas escolas de futebol diferentes, porém, muito parecidas. Apesar de os documentos registrarem nacionalidades distintas, tanto o povo do Rio Grande do Sul como o do Uruguai tem a mesma origem, a gaúcha. A identificação é evidente e a admiração é mútua: "Somos muito parecidos. O gaúcho daqui e o do Uruguai, tem muito em comum, como a forma de comer, tomar o chimarrão. No futebol, esse jogo forte, mais viril. Nós somos irmãos, na origem somos todos um. Na verdade, a política nos separou, mas, na essência, nos sentimos iguais", reconhece o técnico uruguaio.


Encontro proporcionou integração de diferentes escolas de futebol (Foto: Mirela Putrich)

No Inter, especialmente, há todo um histórico de jogadores extrangeiros que se deram bem, sobretudo, do país vizinho: "Temos muito afeto por tudo que tem a ver com esporte e futebol daqui. Tiveram muitos futebolistas que marcaram a história, que são muito queridos tanto aqui como lá. Como o Ruben Paz, Elías Figueroa, que antes de vir para o Inter foi ídolo no Peñarol. Também vieram Aguirregaray, Diego Aguirre, Sorondo. Sempre tivemos representantes uruguaios no Inter e sempre foram bem recebidos", ressalta.

Na noite de sexta-feira (26/09), ainda foi oferecido um jantar de confraternização à delegação uruguaia, que agradeceu muito a hospitalidade colorada.


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