31/03/2011

D'Alessandro: "somos uma família"

Depois dos trabalhos regenerativos impostos a quem saiu jogando contra o Jorge Wilstermann, D'Alessandro chegou à sala de entrevistas do Beira-Rio e falou com a imprensa, a primeira vez em 2011. Em uma longa conversa, que durou mais de 40 minutos, o meia colorado discorreu sobre a parceria com Oscar e Leandro Damião, a situação de seus companheiros argentinos, a luta do Inter pelo tricampeonato da América e ainda sobre a Seleção Argentina.

Momento destacado foi quando D'Ale explicou a comemoração do seu gol contra os bolivianos, o segundo do Inter, em que correu até a entrada do vestiário para vibrar com os roupeiros do Clube. Confira os principais trechos abaixo.


D'Alessandro chama os roupeiros para comemorar seu gol contra o Jorge Wilstermann

Comemoração contra o Wilstermann

"A relação com eles é muito boa. Eles trabalham muito. São os primeiros a chegar aqui e os últimos a sair. Temos que valorizar o trabalho deles. Não é a primeira vez que faço isso. O Gentil, o Ismael e o Buiu fazem um trabalho muito difícil e sempre estão sorrindo. Acho que eles merecem. A comemoração foi porque, enquanto tratava minha lesão, fiquei na fisioterapia. Então a maior parte do tempo eu os encontrava e a gente conversava. Não há como negar. Todos nós somos uma família aqui dentro. Depois, eles me pediram para fazer um gol contra o São Luiz (pelo Gauchão). Não consegui. Mas contra o Wilsterman deu para fazer".

Parceria com Oscar e Damião

"A imprensa já vinha falando nas última semanas sobre eu jogar com o Oscar. Primeiramente acho que o Inter é muito qualificado, recheado de jogadores de grande nível. Qualquer um pode fazer parcerias de sucesso. O Oscar pode se dar bem não só comigo, mas também com Kleber, Zé Roberto e outros. Ele vem crescendo a cada jogo e já demonstrou que tem lugar no time. Eu valorizo muito este trabalho dele. Estou torcendo muito por seu sucesso".

"Já o Damião está neste pique há tempos. Esse ano ele estourou de vez, começou da melhor maneira. Ele sempre foi goleador mas tinham jogadores na frente com mais experiencia que ele. Chegou à Seleção, que, para qualquer jogador, é extremamente importante. Eu vi o jogo com a Escócia e gostei de sua participação. É um atacante com virtudes difíceis de se achar. Creio que o estilo dele é bastante encontrado na Inglaterra: jogadores altos com velocidade".

Distribuição tática

"Todos sempre podem ajudar o time de alguma forma. Claro que cada um tem sua função específica dentro do campo, mas podemos dar algo a mais e auxiliar os companheiros nas partidas."

Defesa do título continental

"A ideia é defender esta taça de todas as formas. Não é qualquer um que ganha a Libertadores da América. Isso não é fácil. Demonstramos ano passado porque fomos campeões. Ninguém vai dar moleza, por isso o trabalho deve continuar forte. Temos que respeitar todos os times da competição. Estudiantes e Velez são hoje os melhores da Argentina. Aqui no Brasil, aponto o Cruzeiro, que vem dando sequência a um trabalho muito bom. Sem troca de muitos jogadores, como no Inter".

"Um ponto fora é importantíssimo. O Inter, ano passado, conseguiu o título assim: fazendo o dever de casa e não perdendo pontos longe do Beira-Rio. Acho que o caminho está certo. Neste ano, empatamos contra o Emelec e vencemos o Wilstermann. A chance de ser a melhor campanha da Libertadores existe, diferente do ano passado, mas não é uma coisa que dê ansiedade. Primeiro temos que garantir a classificação e, se for como um dos primeiros, melhor ainda. Mesmo assim, isso não dá nenhuma garantia de vitória nas oitavas de final".

Argentinos no Brasil

"É sempre bom encontrar jogadores argentinos no Brasil. Acho que atletas bilharam aqui e, assim, abriram portas para nós. Cito os casos de Tevez e Mascherano no Corinthians. E os dois que chegaram neste ano aqui ao Inter estão trabalhando muito forte. Joguei três anos com o Cavenaghi no River Plate e ele fazia gol de tudo que é jeito lá. Claro que a cobrança é grande, mas ele vem se empenhando e logo vai encontrar o caminho do gol. Já o Bolatti estreou com o pé direito. Além de marcar bem, faz gols. Está em grande fase".

Seleção Argentina

"Quero voltar à Seleção Argentina. Minhas atuações aqui no Inter me ajudaram a ser convocado para os amistosos contra Espanha, Brasil e Japão. E neste ano tem a Copa América. Desejo aparecer na lista do treinador com certeza".


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