Por Marcos Bertoncello (texto)
Enviado especial à Bolívia

Um pouco mais afastada da Cordilheira dos Andes, a cidade mais populosa da Bolívia, com aproximadamente 1,7 milhões de habitantes, recebeu o Internacional na segunda-feira. Santa Cruz de la Sierra, mais conhecida apenas como Santa Cruz, seria uma espécie de São Paulo no Brasil, com as devidas proporções. Fundada há quase quinhentos anos, o município boliviano está a pouco menos de 500 metros acima do nível do mar, tornando os efeitos das altitude quase nulos para o grupo colorado. Para se ter uma ideia, o Inter enfrentou o Caxias, em Caxias do Sul, no domingo, com uma altitude maior: cerca de 800 metros.

Santa Cruz é uma cidade esquematizada com avenidas em forma de anéis, ou anillos (foto acima), como são chamados aqui (ao estilo das perimetrais de Porto Alegre), circundando o centro. Tem uma temperatura média anual de 24ºC. Aliada a uma umidade alta, fortalece o calor. Em 2010, a temperatura mais baixa atingida foi de 1ºC. Em compensação, a mais alta foi de 38ºC. Neste sentido, se assemelha à capital gaúcha.

O município é um importante pólo de produção petroquímica do país, em especial da produção de gás natural, exportado para países vizinhos. Trata-se da cidade mais rica do país, representando 30% do Produto Interno Bruto (PIB) boliviano. Sobre futebol, é a casa de dois tradicionais clubes da Bolívia: o Blooming e o Oriente Petrolero. O primeiro participou da Libertadores da América do ano passado, já o segundo está disputando a atual.